Acesso ao crédito, facilidade de conseguir financiamento somados ao imediatismo comum ao comportamento do brasileiro fizeram com que uma modalidade de compra a prazo de automóveis, o consórcio, perdesse a força. Mas o modo de aquisição pode voltar a figurar entre as principais opções para o consumidor. Um dado da Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac) mostra que no primeiro semestre deste ano houve crescimento de 5% na venda de novas cotas para automóveis, em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando 413,5 mil unidades de janeiro a junho.
No consórcio, os participantes entram em grupos para fazer pagamentos mensais em até 60 meses, há a cobrança de 15% de taxa administrativa em cima do valor do veículo que é diluída durante as prestações e a variação do reajuste da mensalidade acontece de acordo com o preço de tabela. Bom para quem deseja se planejar, sem que exista a necessidade de fazer uso de economias pessoais para dar entrada em um financiamento comum. Ruim para quem tem expectativa de ter o carro na garagem, pois é preciso contar com a sorte durante os sorteios mensais ou oferecer um bom lance para levar o automóvel para casa.
“O brasileiro está em busca do consórcio porque pode planejar a compra do bem, mas deve evitar se tiver muita pressa e necessidade do meio de transporte”
Ao ser sorteado, o consumidor recebe o dinheiro da administradora do consórcio e ganha poder de barganha, com a vantagem de poder utilizar a carta de crédito de um carro de entrada, por exemplo, para dar um upgrade no sonho e levar para a garagem um automóvel com valor final maior que o contratado.
Dicas para a hora da escolha
O consórcio para automóveis é um modo de consumo responsável aliado ao planejamento estratégico que volta a ganhar força, segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. “O brasileiro está em busca do consórcio porque pode planejar a compra do bem, mas deve evitar se tiver muita pressa e necessidade do meio de transporte”, explica.
Para garantir que a aquisição seja bem-sucedida, segundo o presidente da Abac, quem contrata o consórcio precisa verificar se a administradora está registrada no Banco Central do Brasil ou associada à Abac e ler o contrato de forma minuciosa.
“Nesse primeiro semestre houve um crescimento nas vendas de cotas por meio das administradoras ligadas a bancos de montadoras de 47,9%”, destaca o consultor automotivo, Raphael Galante. “O consórcio é uma boa opção para o consumidor que quer comprar um carro a médio, longo prazo, sem ter que pagar, por exemplo, Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e Imposto sobre Operações Financeirs (IOF)”, explica.
Fonte: Auto Esporte
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