Não poderia ser diferente: a versão aventureira da SpaceFox é, literalmente, a cara do CrossFox. Mas até que a Space Cross tem lá suas distinções. A começar pelo próprio nome, separado e com o Cross como sobrenome, em vez de prenome. "A sonoridade do nome Space Cross é melhor do que CrossSpace, como seria se seguíssemos a regra aplicada no CrossFox. Quanto ao fato de ser separado, é porque adotaremos o nome Cross para determinar as versões aventureiras dos produtos, independentemente de sua família, como já acontece com a Saveiro Cross", diz Henrique Sampaio, gerente de marketing da Volkswagen.
A dianteira, igual à do CrossFox, tem personalidade em relação à versão "civil" da SpaceFox. A metade inferior do para-choque incorpora uma grade tipo colmeia e enormes faróis auxiliares de dupla função: de neblina e longo alcance. Na borda inferior, a porção central cinza fosco repete o acabamento do parachoque traseiro, combinando com os estribos laterais e a capa dos retrovisores - as rodas de liga leve aro 15 são pintadas de um tom um pouco mais escuro de cinza. Ainda no perfil, a Space Cross mostra arcos de para-lamas sem pintura, como o CrossFox, mas as portas ganharam um friso largo de plástico, em vez do adesivo aplicado no hatch aventureiro. Na traseira, nada de estepe à mostra: o pneu sobressalente viaja no porta-malas. Internamente, é preciso caçar os detalhes que caracterizam a versão aventureira, como a inscrição Cross na manopla de câmbio e no encosto dos bancos, esta última uma exclusividade das unidades sem o opcional dos bancos de couro.
Tudo de série
Além de conversar com os admiradores do estilo aventureiro, a Space Cross é atraente também aos olhos de quem busca um carro completo. Por 57990 reais, você leva ar-condicionado, direção hidráulica, travas, vidros e retrovisores elétricos, ABS e airbag duplo. Mesmo os mimos menores estão presentes, como gaveta sob o banco do motorista, rede elástica no porta-malas, limpador de para-brisa e faróis com acionamento automático, computador de bordo, mesinhas rebatíveis no encosto dos bancos dianteiros e sensor de estacionamento. Se pessoas de estaturas distintas vão se revezar ao volante, tudo bem: o banco do motorista e os cintos dianteiros têm ajuste de altura e o retrovisor direito inclina para baixo quando a ré é acionada. Só não se esqueça de preparar cerca de 390 reais pelo opcional da coluna de direção ajustável em altura e profundidade. Revestimento de couro, rádio e volante multifuncional completam a linha de itens comprados à parte. A versão I-Motion, com câmbio automatizado, custa a partir de 60690 reais.
Na pista, a station mostra que o motor 1.6 VHT, referência em eficiência há alguns anos, hoje está nivelado à concorrência. Ela acelera de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos e consome 6,1 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada. Ou seja, é mais lenta (12,3 s) e beberrona (6,4 e 9,4 km/l) que a 207 Escapade. Ainda assim, a mecânica da perua VW é elogiável pelo equilíbrio: o motor oferece seu torque máximo (15,6/15,4 mkgf) em baixa rotação (2500 rpm), o câmbio MQ200 tem engates precisos e rápidos e a suspensão alia com competência conforto e estabilidade, mesmo tendo sido elevada (em 33 mm na dianteira e 35 mm na traseira) em relação à Space Fox.
Fonte: Quatro Rodas
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